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19 de jan. de 2012

Na galeria

Quando eu era jovenzinha, assim, igual a você, mas eu nunca tinha era ouvido falar desse negócio de gozar, viu? Aqueles tempos eram outros, sabe, minha filha? Tudo era muito segredo, moça de família só via um pau depois do casamento. Ainda assim, não sabia o que fazer com aquele troço. Se soubesse, tinha de fingir que não sabia, porque saber mexer em pau era coisa de puta, mulher da vida.

Aí, pra você ver. Eu que não sabia de nada, porque era moça virgem de família, tive uma lua de mel muito da merda, viu? Eu não sabia como mexer naquela coisa dura na minha frente, e o Antônio também não ajudou muito não. Saiu metendo a pica grossa aqui em mim de qualquer jeito, e eu que não sabia se aquele negócio de noite de núpcia era bom ou ruim, só senti dor. Com o tempo, nem doía mais tanto, ficou suportável. Mas bom, ah, isso não era não. Fiquei foi é aliviada quando minha mãe falou que era assim mesmo, porque moça de família não podia gostar dessas coisa, tinha era que abrir as perna para satisfazer as necessidade do marido e ter filho. Aí eu pensava, “ah, que bom saber que não tem nada de errado comigo”.

Antônio era muito bom pra mim, sabe? Mas não sabia fuder direito não. Fuder mesmo, ele só fudia com as puta da zona, que hoje eu sei. Mas isso aí só fiquei sabendo bem depois dele ter partido dessa pro outro lado. O apelido dele na zona era pica de ouro, mas esse ouro mesmo eu nunca senti foi não. Só fiquei sabendo disso depois do meu segundo casamento, com o Adalberto. Eita, mas esse era mais carinhoso que o falecido, viu? Mas esse negócio aí de gozar, esse eu ainda não sabia nem nunca tinha ouvido falar.

Até o dia em que eu tava na feira e uma mocinha muito bonita me reconheceu na rua e perguntou pelo Antônio. A pobre não sabia que ele tinha atravessado pro outro lado. Eu não sabia que ela era puta. Mas ela sabia que eu era a esposa do falecido. Ih, mas quando eu contei ela chorou foi por demais, que me chegou a dar dó da pobrezinha, viu? E eu sei é que conversa vai, conversa vem, eu que ainda era moça nova e inocente e não entendia nada desses negócio de mulher da vida, fiquei condoída e convidei a amiga do falecido para tomar um cafezinho lá em casa.

Aí ela veio falar dessa história de gozar que eu não entendia, que era muito bom, essas coisa toda que eu nem nunca tinha ouvido falar. Expliquei que eu era moça direita, de família, que só abria as perna pro marido fazer os trabalho e poder ficar satisfeito. Ih, mas a moça riu por demais e disse que ia me ensinar umas coisinha. E começou a ficar me alisando, me mostrando que aqui é bom, aqui também, e eu briguei com ela, mas que abuso era aquele? “Sou moça de família, ei!”.

Mas ela tanto insistiu que eu fui gostando. E ela foi alisando meu peito, colocou a boca na minha xota, e eu sei que quando eu vi, subia uma coisa de lá de dentro que parecia explosão e fiquei toda melada lá embaixo. Aí ela disse que eu também podia fazer essas coisa sozinha, que também era muito bom, que eu devia de tentar. E me fez fazer tudo na frente dela, que era pra ela ver se eu fazia direito. De começo foi meio difícil, mas com uma ajudinha dela aqui, empurrãozinho ali, foi que foi uma maravilha, eu não sabia que dava pra eu fazer aquelas coisa toda comigo mesma sem ajuda de ninguém!

Aí ela me explicou que eu devia por fazer mais um monte de coisa com Adalberto, que os homens gostavam muito, que era assim que puta fazia e por isso os homens largavam as mulheres em casa pra ir pro puteiro. Ela me ensinou a tocar punheta, pagar boquete, prender o pau com a xota, falar sacanagem, rebolar de um monte de jeito, fazer um monte de posição diferente, dar o cu e usar umas coisas de lingerie que não tapava era nada. “A intenção não é essa. É que eles gostam de olhar. E preferem as vermelhas de renda. Tenho uma novinha na minha bolsa, acabei de comprar. Toma, fica de presente pra você”. Primeiro fiquei muito assustada, mas depois me senti por demais de agradecida com a boa vontade da moça em me ensinar tudo com tanto cuidado e destreza.

Porque choque mesmo eu levei foi quando ela viu minhas fotos de casamento e contou que conhecia Adalberto porque ele ia muito no puteiro. Ela disse que ele era muito do bom comedor de xota e adorava sacanagem. Ah, mas disso eu não gostei não. Fiquei muito foi da danada. Se meu marido tinha que ir na rua comer puta, eu ia ser puta pra ele na cama e não ia de dividir ele era com mais ninguém, viu? Foi o que eu pensei, né, minha filha? Aí, quando Adalberto chegou em casa, eu tava lá, toda arreganhada, esperando ele com um troço todo enfiado no rabo, que me assava a buceta e o cu todo, mas que eu aguentava porque Rosicleia falou que ele ia gostar. Eu pensei que ele ia ficar todo feliz, mas quando me viu tomou foi é um susto. “Mas o que é isso mulher?!?! Você ficou desmiolada?”. Mas eu nem dei tempo dele falar mais nada, saí abrindo a braguilha dele e meti a boca no pau, coloquei tudo de uma vez só.

Ih, mas ele ficou foi é doido, viu? Aí falei sacanagem, rebolei de tudo que é jeito, igual Rocicleia ensinou, dei o cu e ainda engoli a porra. Ele ficou igual esses cachorro quando tão no cio, fez umas coisa muito gostosa em mim, melhor do que Rocicleia tinha feito. Ih, minha filha, aí que eu gozei por demais, várias vezes, muito bom. Não sabia que esse negócio de sexo era bom não, viu? Porque moça de família não comentava essas coisa e só podia abrir as perna pra satisfazer marido.

Mas não é que depois disso tudo, quando eu achei que ia ter Adalberto só pra mim, sem ter que dividir com as puta da zona, ele me largou no dia seguinte? “Se eu quiser puta, vou num puteiro. Moça de família, futura mãe de filho meu, não faz essas coisas não. Pode arrumando suas trouxas e se mandando daqui, que piranha debaixo do meu teto não sustento. Sei lá o que você pode fazer quando eu não tiver em casa”. Eita, mas eu fiquei foi é por demais de desesperada. Chorei, esperneei, expliquei que eu não ia fazer era nada com ninguém não, mas não teve jeito. Puta dentro de casa, ah, isso ele não queria.

E eu que não sabia fazer era nada, não conhecia quase ninguém – porque moça de família não podia ficar se dando ao desfrute por aí –, nunca tinha trabalhado, fui procurar Rocicleia na zona. Foi lá que fiquei sabendo que o apelido do falecido Antônio era pica de ouro. E não é que esses homem todo não gastavam de uma puta? Via tudo que era marido de conhecida minha procurar mulher da vida no puteiro. E foi lá no puteiro que eu ganhei foi é muito dinheiro, fazendo tudo e mais um pouco que as moça de família não podiam fazer.

Ih, mas eu gozava era muito, viu? Lá eu podia ser qualquer coisa, fazer o que quiser, que eles até gostavam. Mas se eles gostavam tanto, só não entendia porque não queriam saber de casar. Depois de um tempo eu já tava cansada da vida, eu queria um marido, entende? Eu sabia me comportar, porque diferente de quase todas as puta, sempre fui boa moça de família, não fui criada assim de qualquer jeito não. Eles gostavam muito da minha trepada mas também gostavam da conversa. Tinha uns que largavam as esposa em casa e iam era pra zona passar o dia só comigo. Mas casamento? Ah, não senhor, isso nenhum deles queria comigo não.

Aí, minha filha, fiquei velha, mas fiz meu pé de meia. Hoje não dá mais pra fuder, tá tudo caído, mas tenho uma lojinha de artigos pra casa que construí com dinheiro que juntei da época em que eu era da vida. Quando eu era puta eu tinha mania de ficar olhando todas as coisa que eu queria de ter se tivesse uma casa com marido e filho, aí tomei gosto pela coisa e hoje vivo disso. Todo dia vendo um pedacinho dos meus sonhos pra essa gente toda que vive entrando e saindo daqui do meu estabelecimento. Porque casar, isso não consegui não. E agora que tô velha, ninguém mais nem me olha. Até esses velho da minha idade só querem saber de menina novinha, sabe, jeitosinha assim igual a você.

Mas hoje em dia as coisas são diferentes, viu? Homem não liga mais tanto pra esse negócio de ser puta não. Tem marido até que leva esposa todo dia pro puteiro pra ela trabalhar, mas vê se pode isso?! Hoje eu vejo esses jovem daí falando que gostam disso, colocam mão naquilo, mulher casada falando putaria e comprando sacanagem nessas loja que vende produto de safadeza pra homem e pra mulher. E quer saber, esse povo é que é feliz. Bobo são esses homem aí que não sabem dá valor pra mulher que sabe usar bem a xota e trabalha direitinho com a pica. Essa juventude de hoje é muito mais esperta que o pessoal da minha época, sabe? Mas e você, minha filha, já decidiu o que vai comprar?

17 de jan. de 2012

Despeito feminino



Admito que meus posts andam levemente cafonas-reflexivos. Eu tinha prometido a mim mesma que não criticaria mais os outros, muito menos quando esses outros são caras com quem eu fico ou já fiquei – até porque eles entraram em uma de ler esse blog, logo, não ia ficar muito legal caso se deparassem com uma esculhambação de minha parte. O fato é que foda-se, cansei de segurar a língua em busca de elevação interior. Venho na próxima vida como um ruminante que mastiga capim para ver se consigo me elevar espiritualmente. Até lá, parei de chorar minhas crises depressivas nesse espaço, vou choramingar na cadeia ou no travesseiro, que é lugar quente.

Verdade seja dita, o Mulheres que Bebem bombava muito mais quando eu escrevia meia dúzia de merda. É disso que vocês gostam, né? Di sacanagi. Então, como eu também gosto, vamos à dita cuja que é o que interessa. Mas antes, gostaria de pedir a colaboração de nossos leitores no desenvolvimento desse blog de finura ímpar. Sugestões de pautas, relatos da vida pessoal, críticas de um amigo corno, pedidos de conselhos, qualquer coisa serve. Não que eu tenha me tornado o guru portador da total sabedoria terrena. Mas é que eu gosto de causar polemicagem, semear a discórdia é uma arte para poucos.

Vamos ao que interessa
Então vocês se perguntam, “e o título desse post”? É o seguinte: é mole meter o malho apenas no gênero portador de um falo que balança, como se as xaninhas em chamas fossem referência de perfeição. Não, isso não é correto. E só para não falarem que sou um ser injusto, o objetivo hoje é esse mesmo, falar mal de mulher.

Vamos ser francos. Sofremos – e muito - com um estereótipo de beleza que não é viável para 99% das fêmeas saudáveis, não geneticamente modificadas, cirurgicamente transformadas, quimicamente tratadas ou atochadas de silicone e botox. Ainda assim, adoramos criticar as rolicinhas. Adoramos falar mal do cabelo da outra. Achamos defeito na porra da unha encravada no dedão do pé da biscate oxigenada. Crescemos em uma sociedade a qual fomos condicionados a vida toda a acreditar em um padrão de beleza que não existe. Nos matamos para ficar o mais próximo disso, e as pobres que não conseguem – ou simplesmente não se importam e por isso merecem todo o meu respeito – são esculhambadas. Ô racinha desunida.

Não tem coisa pior do que o clássico comentário “Aquela gorda se acha a gostosona”. Pois minha querida, sabe por qual motivo você, que não tem nada a ver com a vida da tal gorda, se importa tanto e perde tanto tempo criticando a pobre coitada? Porque você, que no fundo se acha uma porcaria, com a auto-estima arrastando no chão, não aceita que a gordinha seja feliz apesar de ser gordinha e fica com raiva dela. Não pense que estou inventando isso não, pois até Freud explica. Sabe como ele caracteriza esse comportamento? Projeção, minha cara. Projeção.

Para que você se sinta bem, você precisa se matar na academia, passar fome e mofar em clínicas estéticas. Ou então você pode até não fazer nada disso, mas não está feliz com o que olha no espelho. Logo, que absurdo uma mulher ser desencanada e largar um foda-se para o mundo. Absurdo mesmo, já que ela se veste como bem quer e bem entende, pois está feliz com seu corpo que, apesar de não ser igual ao das magricelas bombadas das revistas, também é bonito – senhores antropólogos, me ajudem a explicar o conceito de boniteza, por favor, antes que alguém me bata.

Pois bem, minhas queridas, aí vocês ainda dizem: “se fosse bonita eu admitiria, mas ela é feia, falo mal mesmo”! Sinto informar, mas você não é menos despeitada por isso. O mais engraçado é quando as críticas partem de jovenzinhas que também não estão lá essas coisas dentro do padrão de beleza sugerido pela indústria cultural, e não percebem que são o clássico exemplo do sujo falando do mal lavado.

Exemplo recente


Um belo dia, ao adentrar minha residência trajando uma saiazinha na linha tchutcholina-vagaba-quer-você, recebi um belo elogio de uma de minhas tias, que fez a seguinte observação: “Ela é tão bonita, novinha, fica linda nessas roupas. Mas ridículo é quando uma dessas velhas acha que pode se vestir igual garotinha. Semana passada fui a uma festa e vi uma conhecida com um vestidinho, de salto alto, achando que era menina! Aquela ridícula, que raiva dela!”.

Isso mesmo, meus caros. Ela disse “raiva”. E sabe por que ela ficou com raiva? Porque a velha também estava doidinha para colocar aquela rabeta dela de fora, mas por não ter competência para isso, já que acha que não pode (e eu só queria saber o quê, além do preconceito dela, a impediria de fazer isso), ela mete o malho na outra. Aposto que minha tia seria muito mais feliz se tivesse vestido minha saia de piranha e saído por aí, sorridente e contente rebolando a bunda murcha, cagando na cabeça de quem pensasse mal dela por causa disso. Pessoas assim, meus caros, essas sim merecem meu total respeito e admiração. Afinal, colocar rabão durinho e empinadinho para jogo é mole, né?

Enfim, em vez de ficar igual uma tarada-preocupada-com-a-aparência (que está bem longe da moçoila da capa de revista), a mulher deveria se preocupar mais em investir seu rico dinheirinho em cultura. Vá para o teatro, cinema, vá comprar livros, vá para o raio que o parta, mas pare de encher a porra do meu ouvido falando das suas celulites e das celulites das suas amigas – que sempre são piores que as suas.

Aí, você se defenderia dizendo que homem é tudo igual, só pensa no exterior da mulher, logo, se você não se cuidar, não pega nem resfriado debaixo de uma nevasca. Bem, seria muita hipocrisia da minha parte dizer que o exterior não conta. Mas se o cara SÓ PENSA NISSO, minha querida, sinto informar: ele é um babaca que não merece meu respeito, muito menos momentos ímpares de prazer com minha pepeca sapeca e muito bem cuidada.

E para finalizar, o conselho utópico (porém verdadeiro) da ordem do dia: em vez de se preocupar com bundas grandes, querida, se preocupe em ser uma pessoa melhor, porque um dia, de um jeito ou de outro, a sua bunda vai cair, isso é fato. Mas você pergunta: Devo me tornar uma relaxada? Claro que não. Se cuidar faz bem para a auto-estima. Mas é preciso haver limites. Admito que sou patologicamente vaidosa. Mas pelo menos eu me critico e questiono – bastante - por isso, o que já é alguma coisa.

Logo, meninas, parem de falar mal das outras meninas porque elas estão felizes como são. Ou não. Liberte seus cabelos crespos (que eu acho lindos), mostre suas gordurinhas, não coloque três quilos de pó na cara toda vez que sair de casa, não gaste todo seu dinheiro com roupas caras. E o mais importante: Não critique as moças que são bem resolvidas a ponto de não se importarem com essas baboseiras todas. Abaixo a maledicência. Cada um com seu cada um. Afinal, como já disse o grande poeta brasileiro Paulo Leminski, “No dia em que merda for merenda, pobre de mim que nasci sem cu!”.

5 de jan. de 2012

Realidade ou ilusão?



Nada mais poderia me surpreender. Ao menos pensava assim. E quando achei que nada mais faria sentido, algo fantástico aconteceu. Eu estava ali, parada, apreciando o pôr do sol. Você apareceu de relance, puxou uma conversa como se fosse necessário me conquistar como da primeira vez.

Mãos nas mãos, beijos no pescoço e cheiro da pele. No céu, as primeiras estrelas vão surgindo. Com a noite, o desejo fica mais forte e nossos corpos procuram pelo tato um local naquele paraíso. Coqueiro, mar, deitados na areia observando a imensidão do universo.

Beijos ardentes, toques profundos, sensações misturadas com tudo ao redor. A luz do luar traçava nossas silhuetas que dançavam com o som das ondas. A natureza conspirava a nosso favor. Entre suspiros e palavras, mais beijos, mais toques.

Mágico.

E na manhã do dia seguinte mesmo com todas as ligações fortes que foram refeitas, acordei só. Desejando mais. E, sozinha, repassei em detalhes os momentos de prazer, como um filme. E pelo toque das mãos procurei um replay daquela narrativa excepcional.

Paixão. Loucura. Impulso.

Sonho. Sem ressaca.

3 de jan. de 2012

Devoro-te






Você tem tanto medo da vida que prefere ficar vivendo aos poucos, criando barreiras invisíveis entre você e outras pessoas, preocupado com sei lá o quê. Talvez/ quem sabe eu esteja errada, mas você sequer está disposto. Onde está aquela fome que precisa ser saciada, sem a preocupação com o amanhã? Diga que o amanhã para você não importa / minta para si mesmo./ Você sabe que importa sim./ Você finge que não gosta da solidão, mas está sempre sozinho. Custa se entregar por inteiro, nem que seja por um minuto sequer?/ Eu digo que prefiro não te ouvir, mas escute quando digo que ninguém vai te cobrar nada. Ou vai. Arque com as consequências de seus atos. Tenha ao menos algum ato pelo o qual se responsabilizar, /enquanto me deixa devorar cada pedaço de sua carne, me entupindo de você, saciando meu apetite/ já que preciso ser preenchida com cada parte do teu corpo. Essa escassez que me mata e não me consome a ponto de tornar tudo comestível é o limbo, / minha ansiedade. Se for pra viver pela metade, prefiro não viver nada. / mas antes o nada à mediocridade./ Eu guardo amor demais, nunca dado a ninguém/ não posso me contentar com tão pouco, mas/ Não que eu esteja me guardando para você/ me guardo para qualquer coisa que valha um pouco a pena./ Não penso em datas. Esqueço as regras. Nada disso me importa,/ Eu só quero ser alimentada, só quero te sugar o suficiente a ponto de me sentir viva. Preciso extrair tudo de você. Não se preocupe com pressões,/ eu te deixo ir embora. Eu nunca disse que queria o para sempre. Eu nunca disse que queria alguma coisa/ eu só quero me alimentar de quem quer que seja, mas eu quero sentir o prazer do outro enquanto me farto nessa ceia mal arrumada,/ ainda assim não vejo ninguém disposto nessa entrega, a não ser que certas normas sejam estabelecidas. Eu não quero normas/ eu vou tirar de você tudo o que você puder me dar /Porque então oferecer tão pouco?/ Vou te comer de um jeito que te deixe ansioso por mais e mais do meu (do seu próprio) alimento, vou te engolir com um beijo cheio de sede. /Prepare-se para ser devorado.